O lagostim original do Rio Angueira, conhecido por lagostim-de-patas-brancas e popularmente por lagostim do Angueira ou carangueijo (Austropotamobius pallipes) desapareceu por completo do rio no ano de 1985 e encontra-se actual
mente extinto em Portugal. Durante vários anos não houve lagostins no rio até que, em finais da década de 90, foram introduzidas espécies não autóctones. Actualmente coexistem no rio Angueira duas espécies de lagostins, ambos de origem norte-americana: o lagostim-vermelho ou da Louisiana (Procambarus clarkii) e o lagostim-sinal (Pacifastacus leniusculus). O lagostim-vermelho foi introduzido em 1973 em Badajoz, Espanha e daí passou para a região do Caia (1979), tendo rapidamente colonizado os rios do Sul de Portugal, propagando-se depois por todas as massas hídricas do país, sobretudo por acção humana, tendo sido assim que terá chegado ao rio Angueira. O lagostim-sinal foi introduzido em 1994 na provincia espanhola de Zamora, tendo começado a apare
cer no Rio Maçãs em 1997 e posteriormente alastrado às massas hídricas adjacentes, entre elas o rio Angueira. Do que se observa, parece que o lagostim-sinal se tem adaptado melhor e está a expandir-se, sendo esta a espécie que mais se observa actualmente no curso mais a montante do rio.
Os mais curiosos vão a este endereço electrónico onde se encontra um artigo muito interessante acerca do lagostim do rio Angueira (clicar em cima)